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Projeto Cine Mundi monta exibição de filmes para formação de críticos

Sessões são realizadas toda quarta-feira, às 10h e 14h, seguindo uma linha temática mensal com roda de conversa

Por Amanda Birck

Desde o mês de Abril, o projeto Cine Mundi, criado pelo coletivo estudantil da Magnífica Mundi, traz filmes prestigiados pelo universo cinematográfico e os exibe na sala 41, no primeiro andar da Faculdade de Informação e Comunicação da Universidade Federal de Goiás (UFG). As sessões são seguidas de uma roda de discussão, que abordam elementos técnicos de cada filme, além de questões sociais, históricas e de construção do enredo.

O projeto consiste em discutir pontos importantes da indústria cinematográfica de forma mais ampla e de modo que seus espectadores absorvam mais do que apenas detalhes de cada sessão. “O propósito do Cine Mundi hoje é formar jornalistas críticos de cinema. A ideia é fazer exibições de filmes emblemáticos e estudar a história do cinema, seus gêneros e linguagem para criar essa bagagem crítica”, diz Beatriz Oliveira, membro da organização do projeto, estudante do terceiro período do curso de Jornalismo. Um plano de estudos está sendo construído, com uma lista de filmes e textos teóricos, que serão iniciados no próximo semestre, segundo Beatriz.

TEMÁTICA MENSAL

Além da busca pela formação básica na crítica do cinema, as sessões são divididas também por temas. No primeiro mês, foram realizadas três exibições, trazendo as obras A Forma d’Água, de Guillermo del Toro, Frankenstein, de James Whale, e A Mosca, de David Cronenberg. A temática escolhida foi “Experimentos”, abordando filmes em que a trama desenvolvida se relaciona aos experimentos em seres vivos. No mês de Maio, o tema decidido foi a “Prática Jornalística”. Nesta abordagem, foi exibido o filme Todos os Homens do Presidente, de Alan J. Pakula.

DISCUSSÃO E CONTEÚDO

As discussões após cada exibição buscam desmembrar as cenas e suas características que passam, muitas vezes, despercebidas. Segundo Maria Luiza Valeriano, estudante de Jornalismo do terceiro período e membro do Cine Mundi, a roda de conversa é feita para que as pessoas percebam o que há por trás do que está sendo exibido. “Muita gente entende só o enredo, mas a organização está aqui pra mostrar o que mais importa: os detalhes escondidos no mais básico de cada filme”.

 

Para os espectadores, discutir tais detalhes tornou o entendimento da obra mais fácil e ampliou cenas que não foram notadas. Para Gisele Siqueira, estudante de Jornalismo do primeiro período, a parte mais relevante após a exibição de A Forma d’Água foi sua roda de conversa: “É muito importante ter uma discussão depois do filme para entender os pontos que o diretor quis passar. Coisas como as cores e a graduação delas teriam passado batido por mim, se não fosse pelo detalhamento discutido depois”.

 Foto: Lavínya Santos

Sessão mais recente do Cine Mundi, que exibiu o longa Spotlight, de Thomas McCarthy. 

As sessões são realizadas toda quarta-feira, no horário da manhã (10h) e à tarde (14h). Neste mês, na temática da Prática Jornalística, serão exibidos ainda os filmes Spotlight, de Thomas McCarthy; O Abutre, de Dan Gilroy; O Diabo Veste Prada, de David Frankel; e His Girl Friday, de Howard Hanks.

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