top of page

Agro Centro Oeste traz empoderamento a pequenos produtores

A Agro Centro Oeste de 2018 ocorrerá nos dias 09 a 11 de maio e será em São Luís dos Montes Belos. Os agricultores familiares do local esperam pelo evento, que é conhecido por se dedicar ao suporte socioeconômico aos pequenos produtores e pequenas comunidades, dando espaço para a ampliação de sua produção e comércio.

Por Isabella Gondim

 Foto: Yasmin Ribeiro

Joaquim Ribeiro apresentou as plantações de soja do local, produto que  esteve em todas as edições da feira.

A feira será sediada no campus da Universidade Estadual de Goiás (UEG) e no Parque Bela Vista. A cada ano, o evento alterna sua localização entre Goiânia e uma cidade do interior, como Morrinhos e Urutaí.

 

A Universidade Federal de Goiás (UFG) contribuiu para a realização da feira em anos anteriores. A maior parte da produção de soja, trigo e milho vinda da Instituição foi útil para pesquisas e foi apresentada no evento. Joaquim Ribeiro, nascido em Pernambuco, trabalha no sistema de irrigação e encanamento das plantações do curso de Agronomia da UFG há três anos e apresentou à Agência Moara o funcionamento do pivô central: um sistema de irrigação no qual uma área recebe água proveniente do centro das plantações.  Essa parte central possui uma tubulação que gira perfazendo um raio circular, irrigando as produções. Tal sistema também foi apresentado na Agro Centro Oeste de 2017, e o seu uso requer baixa necessidade de mão de obra, simples operação, baixo gasto de água e energia e facilidade de operação.

Reforço à economia local

O município de São Luís de Montes Belos possui população, de acordo com censo do IBGE, de aproximadamente 32,8 mil habitantes. A cidade, de acordo com dados do governo municipal, possui usina de energia solar, duas fábricas de medicamentos e lavoura de soja, além de bovinocultura de leite e corte e cultivo de banana, como disse o professor e também coordenador do Curso de Agronomia da Faculdade Montes Belos, Antônio Florentino de Lima Júnior.

Ademais, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da cidade foi registrado como 0,731, número considerado alto, baseando-se nos critérios de avaliação, que são dados de expectativa de vida ao nascer, educação e Produto Interno Bruto (PIB) per capita. Além disso, a cidade é registrada como um local que possui solo fértil.

Nesse sentido, um evento do porte da Agro Centro Oeste Familiar, que em três dias de programação vai contar com cerca de 50 palestras, oficinas e seminários acerca da agricultura e da pecuária, é interessante em uma cidade que sobrevive em decorrência dessas atividades. Entre as discussões deste ano de 2018, estão debates como "boas práticas de manejo vacinal de bovinos" e palestras como "qualidade do leite" e da "alimentação animal". Todas essas áreas são importantes à economia local.

 

Empoderamento

O professor da UFG e doutor em Produção Vegetal também pela Universidade, Wilson Mozena, esteve presente em todas as edições da Agro Centro Oeste. De acordo com ele, houve o contato entre pessoas de regiões diferentes para a troca de experiências e a acessibilidade dos agricultores familiares a políticas públicas que podem promover o auxílio desses grupos.  

Tal benefício é presente na exposição de 2017 chamada ''Kalunga'', na qual existe a produção artesanal dos grupos da comunidade Kalunga, que é formada por escravos fugidos que formaram grupos independentes próximos à Chapada dos Veadeiros, em Goiás. Tais comunidades permanecem nos municípios de Cavalcante, Teresina de Goiás e Monte Alegre.

 

Outro estande chama-se Cooperafi, que serve para tornar os preços entre produtores e consumidores mais acessíveis, diminuindo disparidades. Formada por 135 cooperados e cooperadas, foi criada em 1998. O professor também mencionou o empoderamento de mulheres que a feira pode proporcionar, o que pode ser visto na exposição ''APRO-BOM''. A Associação dos Pequenos Produtores Rurais da Região Bom Sucesso (APRO-Bom) é localizada no Município de Nazário em Goiás e é constituída principalmente por mulheres, que trabalham na produção de leite e no uso de frutas e hortaliças para a produção de polpas e temperos.

bottom of page