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Redução orçamentária deixa sequelas no funcionamento da Biblioteca Central

Por Júlia Barbosa

Foto: Débora Alves

Com a redução orçamentária, o volume de compras de novos títulos foi reduzido

A Biblioteca Central da Universidade Federal de Goiás (UFG) enfrenta as dificuldades que vieram com os cortes de gastos nas universidades federais. Devido à redução orçamentária de 2017 que, segundo o reitor Orlando Amaral, foi de R$ 24 milhões, houve suspensão do funcionamento aos sábados e diminuição de quarenta e cinco minutos no horário de segunda à sexta, o que, segundo estudantes, prejudicou a rotina de estudos.

Cortes

Em 2017, a Universidade sofreu redução de 13% em seu orçamento, em relação ao ano anterior. Hoje, as demandas são negociadas conforme a disponibilidade orçamentária da UFG e, por essa razão, o pleno desenvolvimento da instituição ficou comprometido. Isso provocou mudanças no funcionamento da Biblioteca, que agora permanece aberta entre 7h15 e 22h e fechada aos sábados.

Repercussões

Crislaine Garcia, graduada em Letras pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) e usuária da Biblioteca Central há seis anos, afirma que se sentiu prejudicada pela redução do horário de funcionamento. Segundo ela, o tempo que tinha a mais, antes da mudança, era fundamental para o rendimento de seu estudo, visto que sua disponibilidade expressa-se, principalmente, no período noturno.

Apontamentos em relação ao acervo bibliográfico também foram levantados pelos usuários. As queixas referiam-se à falta de atualização do acervo, devido à menor aquisição de novos títulos. Perguntada, a coordenadora de orçamentos da Pró-reitoria de Administração e Finanças (Proad), Cássia Duarte, afirmou que apenas em 2014 e 2015 houve distribuição formal de recursos (R$1.045.388,52 e R$700.000,00, respectivamente) e que, desde 2016, os orçamentos para aquisição do acervo bibliográfico para a Regional Goiânia são negociados conforme disponibilidade orçamentária da UFG, o que implicou na limitação dos gastos da Biblioteca.

Sequelas

Para a bibliotecária e gestora da Biblioteca Central, Maria Lima, as sequelas deixadas pela questão orçamentária afetam negativamente os estudantes. Segundo ela, o funcionamento da Biblioteca está se adequando à nova realidade orçamentária, apesar das dificuldades. “A Biblioteca está consolidada no ambiente universitário. É um órgão de suma importância a Universidade, é o apoio aos estudantes. Temos uma responsabilidade enorme aqui”, analisou.

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